sábado, 22 de setembro de 2012

CORRUPÇÃO: UM ATO CRIMINOSO CONTRA A DEMOCRACIA E A CIDADANIA
Caros leitores quero começar este texto com a seguinte provocação: você tem vergonha de ser honesto? Se você hesitar em responder, não se culpe, mas lamente pelas outras pessoas. Porém, se você responder um sonoro NÃO, com plena convicção disso, muito bem. A honestidade está ligada à verdade. Pode-se entender a verdade como uma das maiores virtudes de um homem. (Conviver com a verdade é mais difícil, pois as inverdades e mentiras são mais fortes por serem caminhos mais curtos para se atingir os objetivos pessoais ou para se livrar da tão famigerada culpa [apesar de ser um eterno auto-engano].
É evidente que há mentiras e há mentiras, como há verdades e verdades. Neste contexto, objeto central deste artigo, existe um tipo de câncer que é o pior de todos os males que afetam uma sociedade: a corrupção.
Os efeitos mais perversos desta tão tenebrosa chaga social são mais sentidos pelas nações mais pobres e mais fragilizadas institucionalmente. As instituições democraticamente instituídas deveriam zelar pelo respeito, pela dignidade e pelo bem-estar da sociedade, principalmente da parcela que mais precisa de investimentos públicos. Porém, muitas pessoas que chegam ao comando dessas instituições, que fazem parte delas ou que são beneficiadas por elas agem ao contrário.
O pior dos mundos é promover o uso de recursos da sociedade para benefício próprio. Inúmeros programas e projetos de desenvolvimento econômico e social não saem do papel ou são mal administrados por conta da falta de recursos que a corrupção promove. Esta realidade gera uma “agenda negativa” que prejudica a todos. Diante disso, confesso que não dá mais para conviver com esta realidade.
A corrupção gera mais miséria, insegurança e incerteza quanto ao futuro da sociedade. Este cenário só interessa aos que dela se beneficiam. A democracia e a cidadania perdem com o avanço pernicioso dos atos de vandalismo contra a sociedade. 
É insalubre conviver com a realidade de que o que é público torna-se privado pela ação da corrupção. Esta mesma realidade é construída pela injustiça da justiça [em alguns casos], pelo acúmulo de favores em troca de apoios políticos, pela necessidade dos comandantes de manterem os seus comandados como eternos “cegos” e assim por diante. Neste contexto, a sociedade civil deve se organizar mais para combater esta triste realidade. Já há, felizmente, grupos que se reúnem para explicitar os atos de corrupção e combatê-los com mais veemência. A atuação desses grupos é importante para a proteção social da grande maioria que não possui instrumentos adequados e nem força econômica e social para isso.
Assim, vale deixar aqui o recado sobre a intolerância total contra a corrupção. A sociedade não agüenta mais este atentado terrorista contra a democracia, a cidadania e contra as instituições democráticas. Não há nação no mundo que prospere com a corrupção como “ferramenta estratégica de gestão”. Com corrupção não há recursos suficientes para a educação, saúde, habitação, saneamento básico, infra-estrutura de produção e comercialização, defesa do meio ambiente, saúde da mulher, ações de defesa dos direitos humanos, combate a doenças crônicas, etc.. Com corrupção não há futuro decente.
Paulo Rogério dos Santos Lima

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