sábado, 24 de outubro de 2015















O AMOR

– O amor não te faz arder em chamas. O nome disso é combustão instantânea. Amor é outra coisa.

– O amor não faz brotar uma nova pessoa dentro de você. O nome disso é gravidez. O amor é outra coisa.

– O amor não te deixa completamente feliz. O nome disso é Prozac. Amor é outra coisa.
– O amor não te deixa saltitante. O nome disso é Pogobol. O amor é outra coisa.

– O amor não te faz acreditar em falsas promessas. O nome disso é campanha eleitoral. O amor é outra coisa.

– O amor não te faz esquecer de tudo. O nome disso é amnésia. Amor é outra coisa.

– O amor não te faz perder a articulação das palavras de repente. O nome disso é AVC. O amor é outra coisa.

– O amor nao te faz sentir borboletas no estomago, o nome disso é fome. O amor é outra coisa.

– O amor não te deixa completamente imóvel. O nome disso é trânsito de São Paulo. O amor é outra coisa.

– O amor não te deixa molinho e manhoso. O nome disso é Rivotril. O amor é outra coisa.

– O amor não te deixa temporariamente cego. O nome disso é spray de pimenta. O amor é outra coisa.

– O amor não faz seu mundo girar sem parar. O nome disso é labirintite. O amor é outra coisa.

– O amor não te deixa sem chão, o nome disse é cratera. O amor é outra coisa.

– O amor não te deixa quente e te leva pra cama. O nome disso é dengue. O amor é outra coisa.

– O amor não retribui suas declarações. O nome disso é restituição de imposto de renda. O amor é outra coisa.

– O amor não leva teu café da manhã na cama e ainda dá na boquinha. O nome disso é enfermeira. O amor é outra coisa.

– O amor não te faz olhar pro céu e ver tudo colorido. O nome disso é queima de fogos de artifício. O amor é outra coisa.

– O amor não te faz ficar simpático e amoroso de repente. O nome disso é Natal. O amor é outra coisa.

– O amor não te liberta. O nome disso é ALVARÁ DE SOLTURA. Amor é outra coisa.

– O amor não te deixa à mercê da vontade alheia. O nome disso é Boa Noite Cinderela. O amor é outra coisa.

– O amor não te faz ver o mundo cor-de-rosa. O nome disso é baitolice. O amor é outra coisa.

– O amor não é aquela coisa brega, mas que te remexe todo. O nome disso é Banda Calypso. O amor é outra coisa.

– O amor não te dá a chance de mudar o que está diante de você. O nome disso é controle remoto. O amor é outra coisa.

– O amor não tira suas defesas. O nome disso é HIV. O amor é outra coisa.

– O amor não te pega desprevenido e te impulsiona para frente. O nome disso é topada. O amor é outra coisa.

– O amor não faz o coração bater mais rápido. O nome disso é arritmia. O amor é outra coisa.

– O amor não faz você dar suspiros. O nome disso é dia de Cosme e Damião. O amor é outra coisa.

– O amor não te faz ver tudo com outros olhos. O nome disso é transplante. O amor é outra coisa.

domingo, 18 de outubro de 2015

Viemos do pó...ao pó voltaremos...


Uma centelha do infinito
A anos luz uma explosão
Uma faísca do intróito
Ou a costela de adão?
Uma partícula do todo
Um grão de areia no deserto
Filha do Deus altíssimo
Sua imagem e semelhança
A alma que em mim palpita
Caminhando ao infinito
Eterna aprendiz nessa viagem
Na bagagem carrego
Dor transformada em amor
Na escola da vida estou sendo
lapidada pelo criador.
Quando daqui eu me for
Retornando ao pó da origem
Quero deixar plantada
Uma árvore eterna
Que sem data ou estação
colham frutos de amor.
Cand Saad

segunda-feira, 12 de outubro de 2015

Carta de Amor

Não mexe comigo, que eu não ando só,
Eu não ando só, que eu não ando só.


Eu tenho Zumbi, Besouro o chefe dos tupis,
Sou tupinambá, tenho os erês, caboclo boiadeiro,
Mãos de cura, morubixabas, cocares, arco-íris,
Zarabatanas, curare, flechas e altares.
À velocidade da luz, no escuro da mata escura, o breu o silêncio a espera.
Eu tenho Jesus, Maria e José, todos os pajés em minha companhia,
O Menino Deus brinca e dorme nos meus sonhos, o poeta me contou.

Não mexe comigo, que eu não ando só,
Eu não ando só, que eu não ando só.


Não misturo, não me dobro.
A rainha do mar anda de mãos dadas comigo, 
Me ensina o baile das ondas e canta, canta, canta pra mim.
É do ouro de Oxum que é feita a armadura que guarda meu corpo,
Garante meu sangue, minha garganta.
O veneno do mal não acha passagem
E em meu coração Maria acende sua luz e me aponta o Caminho.
Me sumo no vento, cavalgo no raio de Iansã, giro o mundo, viro, reviro.
Tô no recôncavo, tô em Fez.
Voo entre as estrelas, brinco de ser uma, traço o cruzeiro do sul com a tocha da fogueira de João menino, rezo com as três Marias, vou além, me recolho no esplendor das nebulosas, descanso nos vales, montanhas, durmo na forja de Ogum, mergulho no calor da lava dos vulcões, corpo vivo de Xangô.

Não ando no breu, nem ando na treva
Não ando no breu, nem ando na treva
É por onde eu vou, que o santo me leva.

Medo não me alcança.
No deserto me acho, faço cobra morder o rabo, escorpião vira pirilampo.
Meus pés recebem bálsamos, unguentos suaves das mãos de Maria
Irmã de Marta e Lázaro, no Oásis de Bethânia.
Pensou que eu ando só ? Atente ao tempo. Não começa, nem termina, é nunca é sempre.
É tempo de reparar na balança de nobre cobre que o rei equilibra, fulmina o injusto, deixa nua a Justiça.

Eu não provo do teu fel, eu não piso no teu chão,
E pra onde você for, não leva o meu nome não


Onde vai valente?
Você secou, seus olhos insones secaram, não veem brotar a relva que cresce livre e verde longe da tua cegueira.
Seus ouvidos se fecharam à qualquer música, qualquer som, nem o bem, nem o mal, pensam em ti, ninguém te escolhe.
Você pisa na terra mas não sente, apenas pisa.
Apenas vaga sobre o planeta, e já nem ouve as teclas do teu piano.
Você está tão mirrado que nem o diabo te ambiciona, não tem alma.
Você é o oco, do oco, do oco, do sem fim do mundo.

O que é teu já tá guardado.
Não sou eu quem vou lhe dar,
Não sou eu quem vou lhe dar,


Eu posso engolir você, só pra cuspir depois.
Minha fome é matéria que você não alcança.
Desde o leite do peito de minha mãe, até o sem fim dos versos, versos, versos, que brotam do poeta em toda poesia sob a luz da lua que deita na palma da inspiração de Caymmi.
Quando choro, se choro, é minha lágrima que cai pra regar o capim que alimenta a vida, chorando eu refaço as nascentes que você secou.
Se desejo, o meu desejo faz subir marés de sal e sortilégio.
Vivo de cara pra o vento na chuva, e quero me molhar.
O terço de Fátima e o cordão de Gandhi, cruzam o meu peito.
Sou como a haste fina, que qualquer brisa verga, mas nenhuma espada corta.

Não mexe comigo, que eu não ando só
Eu não ando só, que eu não ando só.



Maria Bethania
COMEMORANDO O DIA DAS CRIANÇAS




















terça-feira, 6 de outubro de 2015

A MOEDA

Era uma vez uma moeda de 10 centavos que morreu e ao chegar ao céu, São Pedro e todos os santos ficaram ao seu lado muito tristes mas atentos àquela pequenina moeda.
Entretanto chegou ao céu uma bela nota de 100 reais, mas ninguém manifestou qualquer interesse nela, nem sequer o santinho menos importante.

Enervada e com  inveja tomou coragem e dirigiu-se a São Pedro e perguntou-lhe porque razão a moeda de 10 centavos tinha mais carinho e atenção do que ela, São Pedro respondeu-lhe:

Olha minha amiga, EU NUNCA TE VI NA MISSA…!

sexta-feira, 2 de outubro de 2015

Ordem Nascimento Filhos
O 1º filho é de vidro,
O 2º é de borracha,
O 3º é de ferro…
A ordem de nascimento das crianças:
1º- Irmão mais velho tem um álbum de fotografia completo, um relato minucioso do dia em que vieram ao mundo, fios de cabelo e dentes de leite guardados.
2º – O segundo mal consegue achar fotos do primeiro aniversário.
3º- Os terceiros, não fazem ideia das circunstâncias em que chegaram à família.
O que vestir:
1º bebê – Você começa a usar roupas de grávidas assim que o exame dá positivo.
2º bebê – Você usa as roupas normais o máximo que puder.
3º bebê – As roupas para grávidas são suas roupas normais, porque você já deixou de ter um corpinho de sereia e passou a ter um de baleia.
Preparação para o nascimento:
1º bebê – Você faz exercícios de respiração religiosamente.
2º bebê – Você não se preocupa com os exercícios de respiração, afinal lembra que, na última vez, eles não funcionaram.
3º bebê – Você pede para tomar a peridural no 8º mês porque se lembra que parir dói pra caramba.
O guarda-roupas:
1º bebê – Você lava as roupas que ganha para o bebê, arruma de acordo com as cores e dobra delicadamente dentro da gaveta.
2º bebê – Você vê se as roupas estão limpas e só descarta aquelas com manchas escuras.
3º bebê – Meninos podem usar rosa, né? Afinal o seu marido é liberal e tem certeza que o filho vai ser macho igual ao pai!
Preocupações:
1º bebê – Ao menor resmungo do bebê, você corre para pegá-lo no colo.
2º bebê – Você pega o bebê no colo quando seus gritos ameaçam acordar o irmão mais velho.
3º bebê – Você ensina o mais velho a dar corda no móbile do berço ou manda o marido ir até o quarto das crianças.
A chupeta:
1º bebê – Se a chupeta cair no chão, você guarda até que possa chegar em casa e fervê-la.
2º bebê – Se a chupeta cair no chão, você a lava com o suco do bebê.
3º bebê – Se a chupeta cair no chão, você passa na sua camiseta, dá uma lambida, passa na sua camisa desta vez para dar uma secadinha pra não pegar sapinho no nenê, e dá novamente ao bebê, porque o que não mata, fortalece.
Troca de fraldas:
1º bebê – Você troca as fraldas a cada hora, mesmo se elas estiverem limpas.
2º bebê – Você troca as fraldas a cada duas ou três horas, se necessário.
3º bebê – Você tenta trocar a fralda somente quando as outras crianças começam a reclamar do mau cheiro.
Banho:
1º bebê – A água é filtrada e fervida e sua temperatura medida por termômetro.
2º bebê – A água é da torneira e a temperatura é fresquinha.
3º bebê – É enfiado diretamente embaixo do chuveiro na temperatura que vier, porque você, seu marido e seus pais foram criados assim, e ninguém morreu de frio.
Atividades:
1º bebê – Você leva seu filho para as aulas de música para bebês, teatro, contação de história, natação, judô, etc…
2º bebê – Você leva seu filho para a escola e olhe lá.
3º bebê – Você leva seu filho para o supermercado, padaria, manicure, e o seu marido que se vire para levá-lo à escola e ao campo de futebol…
Saídas:
1º bebê – A primeira vez que sai sem o seu filho, liga cinco vezes para casa da sua mãe (sua sogra não pode ficar com a criança porque na sua cabeça, ela nunca foi mãe), para saber se ele está bem.
2º bebê – Quando você está abrindo a porta para sair, lembra de deixar o número de telefone pra empregada.
3º bebê – Você manda a empregada ligar só se ver sangue.
Em casa:
1º bebê – Você passa boa parte do dia só olhando para o bebê.
2º bebê – Você passa um tempo olhando as crianças só para ter certeza que o mais velho não está apertando, mordendo, beliscando, batendo ou brincando de supermam com o bebê, amarrando uma sacola do carrefour no pescoço dele e jogando ele de cima do beliche.
3º bebê – Você passa todo o tempo se escondendo das crianças.
Engolindo moedas:

1º bebê – Quando o primeiro filho engole uma moeda, você corre para o hospital e pede um raio-x.
2º bebê – Quando o segundo filho engole uma moeda, você fica de olho até ela sair.
3º bebê – Quando o terceiro filho engole uma moeda, você desconta da mesada dele.