VIDA APÓS A VIDA
Antoine-Laurent de
Lavoisier, foi um químico francês, considerado o pai da química moderna.
Foi o primeiro
cientista a enunciar o “princípio
da conservação da matéria”. Célebre por sua frase: “Na
natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma“.
Vamos meditar nesse
princípio de Lavoisier para tirarmos nossas conclusões. É genial e
determinante. Fazemos parte da natureza, e como seres compostos pelos elementos
que compõem a Mãe Natureza, após a morte nos transformamos. Nos transformamos
em quê?
Observe a crisálida
saindo do seu casulo e se transformando em uma linda borboleta. Você já visitou
uma catedral? Pois é, ela é formada por milhares de tijolos, de argamassa,
seixos, cimento, água e outros ingredientes. Aquele simples tijolo, sozinho,
solitário, juntou-se a outros tijolos e agora tem a forma de um templo, de uma
linda mansão.
Aquela pequena
semente, que um dia embrenhou-se na terra, agora é uma laranjeira, depois um
laranjal, uma mangueira, uma linda macieira! Lembra-se de quando você estava no
útero materno? E agora não é um adulto pensante? Na realidade todos nós somos almas que estão
tendo uma experiência humana.
Nada acaba depois de
nossa morte física. Voltamos sim, muitas vezes para a mesma família. Se ontem
fomos filhos, pais, voltamos como netos, filhos dos nossos filhos, pais dos
nossos pais, almas que se reencontram, brigas que continuam, amores que se
amam, e muitas vezes, inimigos que se degladiam em busca de vingança.
Observe sua família,
os filhos que estão nascendo, os netos que vêm para alegrar e abrilhantar o
ambiente doméstico. Não serão eles os nossos antepassados? Não serão eles
aqueles entes queridos que se foram e que agora estão voltando? Nossa família
imediata são as almas que se encontram na eternidade e que voltam para o lar.
Para os adeptos do espiritismo, a
reencarnação tem a função de proporcionar ao homem a possibilidade de progredir
espiritualmente para se libertar das existências terrenas e aproximar-se do
divino.
No hinduísmo a ideia da reencarnação está
associada ao Brahman, que é o Criador de tudo o que há, a Essência superior a
todas as formas de existência e que, quando reside nos seres, passa a se chamar
Atman.
No budismo, a grande causa dos
renascimentos no mundo da dor é o desejo de permanência, estabilidade e
individualidade do homem. E o meio de libertação é conhecer a natureza do
mundo, saber que tudo nele é ilusão e suprimir todo o desejo de seu ser.
No lamaísmo, a
lucidez é a chave para a libertação.
No evangelho, a vinda de Elias: “Por que dizem, pois, os escribas
ser necessário que Elias venha primeiro?” Então Jesus respondeu: “De fato, Elias virá e
restaurará todas as coisas. Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o
reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram”.
Então os discípulos
entenderam que Jesus lhes falara a respeito de João Batista.
Vivemos
antes? Viveremos depois?
Autor: Weber Malcher (escritor, membro da AMORC)
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