sábado, 15 de novembro de 2014

VIDA APÓS A VIDA

Antoine-Laurent de Lavoisier, foi um químico francês, considerado o pai da química moderna.

Foi o primeiro cientista a enunciar o “princípio da conservação da matéria”. Célebre por sua frase: “Na natureza nada se perde, nada se cria, tudo se transforma“.

Vamos meditar nesse princípio de Lavoisier para tirarmos nossas conclusões. É genial e determinante. Fazemos parte da natureza, e como seres compostos pelos elementos que compõem a Mãe Natureza, após a morte nos transformamos. Nos transformamos em quê?

Observe a crisálida saindo do seu casulo e se transformando em uma linda borboleta. Você já visitou uma catedral? Pois é, ela é formada por milhares de tijolos, de argamassa, seixos, cimento, água e outros ingredientes. Aquele simples tijolo, sozinho, solitário, juntou-se a outros tijolos e agora tem a forma de um templo, de uma linda mansão.

Aquela pequena semente, que um dia embrenhou-se na terra, agora é uma laranjeira, depois um laranjal, uma mangueira, uma linda macieira! Lembra-se de quando você estava no útero materno? E agora não é um adulto pensante? Na realidade todos nós somos almas que estão tendo uma experiência humana.

Nada acaba depois de nossa morte física. Voltamos sim, muitas vezes para a mesma família. Se ontem fomos filhos, pais, voltamos como netos, filhos dos nossos filhos, pais dos nossos pais, almas que se reencontram, brigas que continuam, amores que se amam, e muitas vezes, inimigos que se degladiam em busca de vingança.

Observe sua família, os filhos que estão nascendo, os netos que vêm para alegrar e abrilhantar o ambiente doméstico. Não serão eles os nossos antepassados? Não serão eles aqueles entes queridos que se foram e que agora estão voltando? Nossa família imediata são as almas que se encontram na eternidade e que voltam para o lar.

Para os adeptos do espiritismo, a reencarnação tem a função de proporcionar ao homem a possibilidade de progredir espiritualmente para se libertar das existências terrenas e aproximar-se do divino.

No hinduísmo ideia da reencarnação está associada ao Brahman, que é o Criador de tudo o que há, a Essência superior a todas as formas de existência e que, quando reside nos seres, passa a se chamar Atman.

No budismo, a grande causa dos renascimentos no mundo da dor é o desejo de permanência, estabilidade e individualidade do homem. E o meio de libertação é conhecer a natureza do mundo, saber que tudo nele é ilusão e suprimir todo o desejo de seu ser.

No lamaísmo, a lucidez é a chave para a libertação.

No evangelho, a vinda de Elias: “Por que dizem, pois, os escribas ser necessário que Elias venha primeiro?” Então Jesus respondeu: “De fato, Elias virá e restaurará todas as coisas. Eu, porém, vos declaro que Elias já veio, e não o reconheceram; antes, fizeram com ele tudo quanto quiseram”.
Então os discípulos entenderam que Jesus lhes falara a respeito de João Batista.
Vivemos antes? Viveremos depois?

Autor: Weber Malcher (escritor, membro da AMORC)

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