MATURIDADE
Um dos maiores
recursos para gerar felicidade é manter a vida sempre em dia. Meu amigo Ken
O’Donnell diz que podemos descobrir o grau de maturidade de uma pessoa de
acordo com o tempo durante o qual ela consegue carregar um mal-estar em relação
a alguém.
Uma pessoa que tem
maturidade percebe facilmente quando alguma coisa está maculando seu coração. É
como se fosse uma camisa branca em que um simples pingo de azeite é percebido a
distância. Já quem não amadureceu se parece mais com uma camisa preta, que não
mostra a sujeira.
Quando você presta
atenção em si mesmo, é fácil perceber que alguma coisa não está bem nos
relacionamentos com as pessoas que ama. Ao notar que criou um mal-estar,
prontifica-se a se desculpar com alguém que magoou ou questionar quem magoou
você.
Já quem só se importa
consigo mesmo nem sequer é capaz de imaginar que feriu o outro. Quem valoriza
os próprios sentimentos tanto quanto os das outras pessoas age de forma
diferente: pede desculpas, o que é uma maneira de dizer “eu te amo”.
Um pedido de desculpas
é uma forma de dizer que você tem tamanha sintonia com o outro que é capaz de
sentir que uma palavra sua feriu os sentimentos dele. Procurar um amigo para
falar de algo que ele fez e que magoou você é uma forma de dizer “você é
importante para mim”.
Isso acontece
raramente porque muitas pessoas preferem “deixar pra lá” quando estão chateadas
com alguém. Pensam que quem ama entende o comportamento do outro. O problema é
que nem sempre há um coração assim tão compreensivo e, com o tempo, a situação
mal resolvida acaba fazendo com que se afastem do amigo que as magoou.
A vida é cheia de
mal-entendidos, não dá para evitá-los. O importante é não deixar que eles
cresçam para que tenhamos um sono tranqüilo. Na maioria das vezes, as pessoas
que nos magoaram não fizeram isso por maldade, mas simplesmente por descuido.
Conversar sobre isso mostra que você é uma pessoa especial.
Quem tem a sabedoria
de manter os relacionamentos livres de incômodos também conserva a cabeça livre
de pendências. Quando sabe que tem de fazer alguma coisa, vai lá e faz, parte
para o tudo ou nada, pois entende que, enquanto não o fizer, estará com a
cabeça ocupada com o problema.
É incrível como somos
capazes de deixar que as pendências se arrastem até o último minuto. Um jovem,
por exemplo, tem de fazer a inscrição para o vestibular. Sabe a data em que as
inscrições começam, mas deixa para fazer a dele na semana seguinte – e a
preocupação de não esquecer já começa a ocupar espaço em sua mente.
Na semana seguinte, ele
arruma um monte de coisas para fazer e deixa para depois. Enquanto isso, a
preocupação vai aumentando e só terminará quando a pendência for resolvida.
Lembre-se: só quem
mantém a mente livre de pendências e preocupações tem tempo para ser feliz e
olhos para os passarinhos da vida.
Autor: Roberto
Shinyashiki
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