CONTROLE SUA LÍNGUA
Quem já não foi prejudicado por uma fofoca ou maledicência?
As “línguas frouxas” têm provocado grandes danos financeiros às empresas
(veja as especulações que afetam as bolsas de valores), também tem destruído
vidas e manchado reputações de gente de valor.
O método é quase sempre o mesmo: primeiro joga-se a lama, depois se
verifica os fatos.
O que acontece é que não prestamos a atenção devida sobre a melhor forma
de utilização da nossa língua.
Veja, pra começar, não sabemos ouvir direito, queremos logo emitir
opinião sobre as coisas, mesmo sem conhecê-las direito.
A Bíblia ensina que a língua é a parte mais difícil de domar de todo o
corpo, ensina que o mau uso desse “instrumento” pode trazer grande desgraça
para as pessoas a nossa volta.
Usar a língua com sabedoria e prudência, eis a questão!
Como fazer? A seguir, alguns conselhos práticos para evitar transtornos:
a) Quando alguém lhe procurar para dizer algo a respeito de alguém, faça
duas perguntas (antes de “engolir” a história):
- Você viu?
Se não viu, então é um boato. Nunca caia nessa história de “estão
dizendo…” Você pode até ficar mais atento, mas não aceite a história como 100%
verdadeira.
- Você assume o que disse diante da pessoa?
Se não assume; ou não tem coragem ou está mentindo. Fique de sobreaviso.
b) Quando contar algo a alguém nunca faça deduções; faça sempre uma
narração dos fatos e não uma interpretação do mesmo.
Em um determinado posto de gasolina, um antigo cliente do posto, chamado
Dr. Antonio (médico) encheu o tanque e esqueceu de assinar o cheque.
O frentista que achou o problema terminou o seu turno de trabalho e disse
para o próximo frentista (que estava entrando):
- Amigo preste atenção numa coisa que vou lhe dizer. O Cheque do Antonio
está com problema, se ele vier ao posto fale com ele.
O tempo se passou e esse frentista também terminou o seu turno e passou a
mensagem ao próximo frentista (que estava entrando).
Só que não fez uma narração do fato, ele (como muitos de nós) fez a sua
interpretação dos fatos.
Disse:
- Oh Dito, um tal de Antonio deu um cheque sem fundo aqui no posto.
Se ele aparecer por aqui, pegue ele e faça pagar o cheque.
O que essa frase indica? Que o frentista fez uma dedução própria dos
fatos: se o cheque “estava com problemas”, então era porque “estava sem fundo”.
A situação no posto prosseguiu e só foi piorando. De frentista para
frentista a estória corria, cada vez com uma “dedução” a mais.
A última versão era:
- Estou sabendo que o Toninho do Pó (traficante) deu um golpe no posto.
Se ele aparecer por aqui, chame a polícia, e lembre-se, ele é muito
perigoso.
Aprenda! Nunca faça deduções precipitadas, procure verificar primeiro.
c) Quanto tiver alguma suspeita ou algo contra alguém, procure
diretamente a pessoa para resolver. Não saia espalhando a notícia nem
alardeando a “injustiça” que fizeram com você.
Procure ouvir o “outro lado”, muitas vezes você verá que não sabe de
todos os detalhes da história.
d) Nunca faça julgamentos precipitados.
Ouça, ouça, ouça… e depois ouça de novo.
e) Antes de sair “metendo a boca” em alguém, pergunte-se: por que ele fez
o que fez? O que eu teria feito no lugar dele naquelas circunstâncias? As
vezes, quando nos colocamos um pouquinho só no lugar do outro, descobrimos
novas “visões” sobre as coisas.
f) Por último, se nada controla a sua língua, compre um chicletinho e
nunca pare de mascar… de boca fechada, é claro!
Autor: Luís Eduardo
Machado
CIDADE PEQUENA É TUDO PEQUENO;
MENOS A LÍNGUA DO POVO!
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