PESSOAS COM MENOR GRAU DE EDUCAÇÃO ENVELHECEM MAIS
RAPDO
Uma pesquisa britânica
realizada com 400 homens e mulheres sugere que pessoas com menos educação tem
tendência a envelhecer mais rapidamente.
Análises do DNA dos
pesquisados sugerem que o envelhecimento celular é mais avançado em
adultos sem qualificações comparados com aqueles que tem um diploma
universitário.
A instituição de caridade
britânica para problemas do coração, British Heart Foundation, afirmou
que o estudo, realizado em Londres e publicado na revista especializadaBrain,
Behaviour and Immunity, reforça a necessidade de enfrentar as diferenças
sociais.
“Não é aceitável que o
local onde você vive ou o quanto você ganha – ou a menor bagagem acadêmica –
possam significar um risco maior de doenças”, afirmou
o professor Jeremy Pearson, diretor médico associado da instituição.
A ligação entre boa saúde
e status socioeconômico já foi estabelecida em outras pesquisas.
As pessoas mais pobres
tem mais probabilidade de fumar, fazer menos exercícios e ter menos acesso
atendimento de saúde de boa qualidade, quando comparadas as pessoas mais ricas.
Mas, o novo estudo sugere
que a educação pode ser um fator determinante mais preciso da saúde no longo
prazo do que o status social e a renda.
Além do University
College de Londres, também participaram especialistas da University of Wales
Institute, em Cardiff, e da Universidade da Califórnia, em San Francisco.
Decisões
Os pesquisadores sugerem
que uma educação melhor permite que as pessoas tomem decisões melhores que
afetam a saúde no longo prazo.
Os cientistas também
especulam que as pessoas mais qualificadas poderão sofrer menos com o estresse
no longo prazo ou então ter mais habilidade para lidar com o estresse.
“Educação é um marcador
de classe social que as pessoas adquirem logo no início da vida e nossa
pesquisa sugere que é a exposição no longo prazo às condições de um status mais
baixo que promove o envelhecimento celular acelerado”, afirmou o professor Andrew Steptoe, do University College de Londres,
que liderou o estudo.
A equipe de Steptoe pegou
amostras de sangue de mais de 400 homens e mulheres com idades entre 53 e 75
anos e então mediram o comprimento de partes do DNA encontrado na extremidade
doscromossomos.
Estas partes,
chamadas telômeros (ao lado), protegem os cromossomos de
danos. Os cientistas acreditam que telômeros mais curtos podem ser um indicador de
envelhecimento mais rápido.
Os resultados da nova
pesquisa do University College de Londres mostraram que pessoas com menos
educação tinham telômeros mais curtos, o que indica que elas podem envelhecer
mais rapidamente.
Estes resultados também
indicaram que o comprimento dos telômeros não foi afetado pelo status social e
econômico de uma pessoa em um período mais tardio de sua vida, como se pensava
anteriormente.
Para o professor Stephen
Holgate, presidente do Conselho de Pesquisa Médica e da Diretoria de Sistemas
de Medicina, as experiências de uma pessoa no início da vida “podem ter
influências importantes na saúde”.
Assim como em todas as
pesquisas de observação, é difícil estabelecer as causas destas descobertas,
mas este estudo fornece provas de que ter uma educação em um nível mais alto
pode trazer mais benefícios do que apenas no mercado de trabalho”, afirmou.
Fonte: BBC Brasil
Nenhum comentário:
Postar um comentário