quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

SOMOS INJUSTOS COM O DIABO

Um dia o Diabo disse: “O Que é isso? Que injusto! Façam o que fizerem as pessoas, sempre que algo mau acontece, colocam a culpa em mim. Que culpa tenho eu? Sou inocente! Olha, te mostrarei como me culpam por tudo”.

Havia um forte carneiro preso a uma corda, que por sua vez, estava amarrada a uma estaca.

O Diabo afrouxou a estaca e disse: “Isto é tudo o que vou fazer”.

O carneiro deu um puxão e arrancou a estaca do chão.

A porta da casa de seu proprietário estava aberta e, na entrada, havia um formoso espelho, enorme e antigo. O carneiro viu seu reflexo no espelho, abaixou a cabeça e atacou. O vidro ficou destroçado.

A dona da casa correu escadas abaixo e viu seu formoso espelho, que havia estado na família durante anos, completamente destroçado.

Enfurecida, gritou aos empregados: “Cortem a cabeça desse carneiro! Matem-no!”. Assim, os empregados mataram o animal.

Porém aquele carneiro era um animal especialmente querido de seu marido, que lhe havia dado de comer em sua mão quando era pequenino.

Assim que ao chegar em casa achou a seu formoso carneiro morto. “Quem teria lhe matado? Quem poderia ter feito algo tão terrível?”.

Sua mulher gritou: “Eu matei teu carneiro. E fiz isso porque ele havia destruído esse espelho tão lindo que havia sido um legado de meus pais”.

O marido, irado, replicou: “Nesse caso, me divorcio de ti”.

Os fofoqueiros da vizinhança disseram às irmãs da mulher que seu marido ia divorciar-se dela por causa do carneiro que ela havia matado.

Os irmãos ficaram furiosos.
Reuniram seus parentes e saíram para buscar o marido, armados com fuzis e espadas.

O marido escutou que eles estavam vindo e chamou a seus próprios parentes para defendê-lo.
As duas famílias começaram uma disputa onde muitas casas foram queimadas, e morreram muitas pessoas.

O Diabo disse: “Vês”? Que fiz eu? Apenas movi a estaca.

Por que vou ser o responsável por todas as coisas terríveis que eles fizeram uns aos outros? “Eu apenas afrouxei um pouquinho a estaca”.

Vigia tua estaca.

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