segunda-feira, 27 de agosto de 2012

O VELHO E ETERNO RUY É INCONSTETÁVEL…

Perfil
altura: 1,58 cm
peso: 48 kg
número do sapato: 36
comida predileta: frango e arroz com carne seca
molho: pimenta
roupa para ficar em casa: pijama ou timão (espécie de camisolão)
para sair: sobre-casaca ou fraque
férias de verão: Petrópolis
meio de transporte: às vezes bonde ou carruagem
carro: Benz
mania: livros
lazer: ler romances policiais e de aventuras; revista Tico-tico
passeio diário: cinema
paixão: roseiras
amor: Maria Augusta
uma frase:
“O espírito tem necessidade de distrações amenas e nada melhor para conservá-lo jovem do que as leituras infantis”
Rui Barbosa de Oliveira.’.

O poema é de uma impressionante atualidade.
Poderia ter sido escrito hoje sem mudar uma única palavra…

Discurso no Senado Federal em 17/12/1914

Sinto Vergonha de Mim

Sinto vergonha de mim por ter sido educador de parte desse povo,por ter batalhado sempre pela justiça, por compactuar com a honestidade,por primar pela verdade e por ver este povo já chamado varonil enveredar pelo caminho da desonra.

Sinto vergonha de mim por ter feito parte de uma era que lutou pela democracia, pela liberdade de ser e ter que entregar aos meus filhos,
simples e abominavelmente, a derrota das virtudes pelos vícios,
a ausência da sensatez no julgamento da verdade, a negligência com a família, célula-mater da sociedade, a demasiada preocupação com o “eu” feliz a qualquer custo, buscando a tal “felicidade” em caminhos eivados de desrespeito para com o seu próximo.

Tenho vergonha de mim pela passividade em ouvir, sem despejar meu verbo, a tantas desculpas ditadas pelo orgulho e vaidade, a tanta falta de humildade para reconhecer um erro cometido, a tantos “floreios” para justificar atos criminosos, a tanta relutância em esquecer a antiga posição
de sempre “contestar”,voltar atrás e mudar o futuro.

Tenho vergonha de mim pois faço parte de um povo que não reconheço,
enveredando por caminhos que não quero percorrer…

Tenho vergonha da minha impotência, da minha falta de garra,das minhas desilusões e do meu cansaço. Não tenho para onde ir pois amo este meu chão, vibro ao ouvir meu Hino e jamais usei a minha Bandeira para enxugar o meu suor ou enrolar meu corpo na pecaminosa manifestação de nacionalidade.

Ao lado da vergonha de mim, tenho tanta pena de ti, povo brasileiro!

“De tanto ver triunfar as nulidades, de tanto ver prosperar a desonra,
de tanto ver crescer a injustiça, de tanto ver agigantarem- se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar da virtude,
A rir-se da honra, a ter vergonha de ser honesto”

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