quinta-feira, 31 de outubro de 2013

SACI PERERÉ

Hoje é o Dia que o mundo todo comemora o Dia das Bruxas, que é uma data tipicamente americana. 

No Dia das Bruxas as crianças americanas visitam as casas fantasiadas de fantasmas, bruxas e outros monstros e soltam uma frase típica: gostosuras ou travessuras? Se você falar gostosuras, têm que dar balas se falar travessuras, não vou dar porcaria nenhuma! Aí a bruxa pega e você poderá até ter seus globos oculares arrancados por colherinhas de chá por adoráveis criancinhas… Ou ter cocô fazendo parte da fachada de sua casa.

E aqui no Brasil? Como se comemora? Do mesmo jeito! (o que é uma pena, pois temos uma cultura riquíssima) E seria mais divertido se as pessoas lembrassem que hoje é o Dia do Saci, isso mesmo hoje é comemorado o Dia do Saci Pererê esse moleque travesso que foi criado no folclore indígena, e que depois com a influência da cultura africana ele perdeu uma perna numa luta de capoeira, ganhou um gorro e um cachimbo e hoje é esse personagem mais troll do Brasil.

O Saci é alguém travesso, e moleque que vive de aprontar, dá nó em rabo dos cavalos, faz queimar o feijão, assopra e derruba as roupas do varal, assusta os bichos, esconde coisas e você nunca mais às encontra e escreve em blogs!

Ah! É isso mesmo que você leu e como você deve ter notado, quem está escrevendo aqui é o Sacizento e nos dias atuais eu faço isso e te faço repetir as mesmas coisas como, por exemplo: ler a mesma frase duas vezes, Ah! É isso mesmo que você leu e como você deve ter notado, quem está escrevendo aqui é o Sacizento e nos dias atuais eu faço isso e te faço repetir as mesmas coisas como, por exemplo, ler a mesma frase duas vezes, viu como é verdade?


Então hoje dia 31 de Outubro vamos comemorar o Dia do Saci e não o dia das Bruxas! Até porque no Brasil não temos bruxas, só mulheres bonitas! Vamos valorizar a cultura e o folclore nacional! Lançamos um desafio para você:

faça uma traquinagem bem sacizenta e conte para mim o que você aprontou, (dê um trote em alguém!) se você tiver vergonha ou sua religião não permitir conte uma piada para alguém comemore o Dia do Saci deixando alguém bem feliz do nosso jeito, do jeitinho brasileiro.
Fonte: site Sacizento
Ilustração: Vitor Teixeira

quarta-feira, 23 de outubro de 2013

PELÉ É NOSSO

Não é somente no Brasil que o atleta do século é festejado pelos fãs. Também no exterior Pelé realmente é o brasileiro mais celebrado. Em várias ocasiões pude ver como as pessoas ficam enlouquecidas com sua presença. Umas querem foto ao seu lado. Outras, um aperto de mão. Mas há situações inteiramente surpreendentes.

Na Itália, certa vez, vi e o fotografei quando teve os botões do paletó arrancados e levados pelos admiradores como troféu. Mas durante a visita do presidente José Sarney a Nova Iorque, em 1988, um agente de segurança americano bateu o recorde de criatividade para obter uma lembrança do rei do futebol: tirou do bolso uma nota de 1 dólar e pediu seu autógrafo. Até o próprio Pelé, acostumado com frisson dos tietes, achou diferente.

Agora que a crise econômica afeta a moeda dos Estados Unidos, aquele que tiver aquela a cédula de número B90265163B em seu poder terá também a certeza de que pelo menos ela não foi desvalorizada. Ao contrário, é relíquia que não tem preço.



Autor: Orlando Brito (coluna do Claudio Humberto)

PARABÉNS REI PELÉ PELO O SEU ANIVERSARIO, 73 ANOS!


terça-feira, 22 de outubro de 2013

DE NAMORO COM O MECÂNICO... 

A filha diz ao pai:
 - Papi, o meu namorado me disse umas coisas que eu não entendi... Que tava arriado os quatro pneus e a barra da direção, falou que eu tenho um belo chassis, 2 lindos air-bags e um para-choques fenomenal...
E o pai:

- Diz ao seu namorado, que se ele abrir o seu capô e tentar trocar o óleo do motor, eu arrebento o escapamento dele!



domingo, 20 de outubro de 2013

CONTROLE SUA LÍNGUA



Meu amigo, minha amiga, responda:

Quem já não foi prejudicado por uma fofoca ou maledicência?

As “línguas frouxas” têm provocado grandes danos financeiros às empresas (veja as especulações que afetam as bolsas de valores), também tem destruído vidas e manchado reputações de gente de valor.

O método é quase sempre o mesmo: primeiro joga-se a lama, depois se verifica os fatos.

O que acontece é que não prestamos a atenção devida sobre a melhor forma de utilização da nossa língua.

Veja, pra começar, não sabemos ouvir direito, queremos logo emitir opinião sobre as coisas, mesmo sem conhecê-las direito.

A Bíblia ensina que a língua é a parte mais difícil de domar de todo o corpo, ensina que o mau uso desse “instrumento” pode trazer grande desgraça para as pessoas a nossa volta.

Usar a língua com sabedoria e prudência, eis a questão!

Como fazer? A seguir, alguns conselhos práticos para evitar transtornos:

a) Quando alguém lhe procurar para dizer algo a respeito de alguém, faça duas perguntas (antes de “engolir” a história):
- Você viu?
Se não viu, então é um boato. Nunca caia nessa história de “estão dizendo…” Você pode até ficar mais atento, mas não aceite a história como 100% verdadeira.
- Você assume o que disse diante da pessoa?
Se não assume; ou não tem coragem ou está mentindo. Fique de sobreaviso.

b) Quando contar algo a alguém nunca faça deduções; faça sempre uma narração dos fatos e não uma interpretação do mesmo.

Quer ver? Observe a história abaixo:
Em um determinado posto de gasolina, um antigo cliente do posto, chamado Dr. Antonio (médico) encheu o tanque e esqueceu de assinar o cheque.
O frentista que achou o problema terminou o seu turno de trabalho e disse para o próximo frentista (que estava entrando):
- Amigo preste atenção numa coisa que vou lhe dizer. O Cheque do Antonio está com problema, se ele vier ao posto fale com ele.

O tempo se passou e esse frentista também terminou o seu turno e passou a mensagem ao próximo frentista (que estava entrando).
Só que não fez uma narração do fato, ele (como muitos de nós) fez a sua interpretação dos fatos.

Disse:
- Oh Dito, um tal de Antonio deu um cheque sem fundo aqui no posto.
Se ele aparecer por aqui, pegue ele e faça pagar o cheque.
O que essa frase indica? Que o frentista fez uma dedução própria dos fatos: se o cheque “estava com problemas”, então era porque “estava sem fundo”.
A situação no posto prosseguiu e só foi piorando. De frentista para frentista a estória corria, cada vez com uma “dedução” a mais.

A última versão era:
- Estou sabendo que o Toninho do Pó (traficante) deu um golpe no posto.
Se ele aparecer por aqui, chame a polícia, e lembre-se, ele é muito perigoso.
Aprenda! Nunca faça deduções precipitadas, procure verificar primeiro.

c) Quanto tiver alguma suspeita ou algo contra alguém, procure diretamente a pessoa para resolver. Não saia espalhando a notícia nem alardeando a “injustiça” que fizeram com você.
Procure ouvir o “outro lado”, muitas vezes você verá que não sabe de todos os detalhes da história.

d) Nunca faça julgamentos precipitados.
Ouça, ouça, ouça… e depois ouça de novo.

e) Antes de sair “metendo a boca” em alguém, pergunte-se: por que ele fez o que fez? O que eu teria feito no lugar dele naquelas circunstâncias? As vezes, quando nos colocamos um pouquinho só no lugar do outro, descobrimos novas “visões” sobre as coisas.

f) Por último, se nada controla a sua língua, compre um chicletinho e nunca pare de mascar… de boca fechada, é claro!

Autor: Luís Eduardo Machado


CIDADE PEQUENA É TUDO PEQUENO;

MENOS A LÍNGUA DO POVO!
5 MANDAMENTOS


1. Arrume um espaço na agenda para fazer ginástica, como o horário do almoço;

2. Coma alimentos saudáveis. Se for o caso, leve a comida de casa;

3. Ponha um comedouro para pássaros na janela de sua casa ou apartamento e observe os movimentos dos animais.  “É excelente para relaxar;”.

4. Não perca muito tempo de seu dia no trânsito. Se você mora longe do trabalho mude-se para mais perto;

5. Deixe a janela do quarto entre aberta se você tem dificuldade em acordar de manhã. A luz ajuda o cérebro a perceber que já é dia.

sexta-feira, 18 de outubro de 2013

A DEFICIL ARTE DE AJUDAR O PRÓXIMO



Desde criança aprendemos que devemos ajudar os outros. A sensação de estar fazendo algo bom é prazerosa e toca nossos sentimentos. Mas, por que será que nem sempre somos bem-sucedidos na ajuda que prestamos? Por que, apesar de tentarmos fazer o melhor, somos rejeitados? Por que nosso esforço não é reconhecido e algumas vezes até perdemos aquela grande amizade?

Quando isso acontece, talvez você pense. “As pessoas são ingratas, não reconhecem. O que importa é fazer o bem sem esperar recompensa. Eu não ligo.”

É muito bonito colocar-se como uma pessoa modesta, bondosa, desinteressada. No fundo, talvez sinta uma desagradável sensação de perda, uma raiva inconfessável por não ter sido valorizada como esperava. Apesar disso, continua ajudando porque esse é seu modo de ser.

Se você tem o propósito de auxiliar os outros, seria importante aprender um pouco sobre essa difícil arte. É preciso distinguir se tal desejo vem do amor que sente em seu coração ou se vem do que lhe ensinaram desde criança como sendo uma obrigação, uma forma de mostrar aos outros que possui bons princípios.

Um gesto espontâneo de amor, em que a alma é tocada, traz a intuição da melhor maneira de agir e leva consigo energias tão benéficas que, mesmo não resolvendo o problema (porque provavelmente isso depende de outros fatores), acalma e atinge a alma do outro. E pode abrir as portas para que a saída adequada apareça. Quando isso acontece, os laços da verdadeira amizade se fortalecem. Essa é a ajuda real, efetiva, positiva, que traz bem-estar.

Entretanto, quando você não está sentindo nada, mas acha que tem de ajudar, fazer alguma coisa porque é preciso, está apenas sendo carente, expressando o receio de que, se não fizer nada para demonstrar sua boa vontade, as pessoas vão rejeitá-la, julgando-a indiferente ou má.

Sem a inspiração necessária, tenta fazer alguma coisa e acaba se metendo indevidamente na intimidade dos outros, pensando apenas em aliviar a própria tensão, querendo justificar-se aparecendo como uma pessoa responsável, cumpridora dos seus deveres para com o próximo.

A necessidade de ser aceita pelos outros revela o quanto está voltada para fora de si. É como se tivesse uma platéia sempre do seu lado. Você se vigia constantemente, quando alguém está com problemas, fica incomodada e então procura resolver aquilo do seu jeito. Sem conhecer todos os lados da questão,faz o que pode na tentativa de livrar-se do mal estar. Fica esperando que a pessoa a elogie por ter ajudado e, se isso não ocorre, acusa de ingratidão.

Ajuda sem critério pode contribuir para agravar as partes fracas de cada um. Se, por exemplo, a pessoa precisava de dinheiro e você o deu, será que isso foi construtivo? Não teria talvez reforçado aquela costumeira falta de responsabilidade dela?
Há outras que desabafam problemas de relacionamentos afetivo ou familiar para se livrar de energias que as estão incomodando. Agora, se você se sente incomodada com isso a ponto de fazer o papel de pombinha da paz, pode acabar se dando mal e arranjar inúmeros problemas.

Mesmo com pessoas da família, é preciso respeitar a maneira de ser de cada um.Meter-se nos problemas dos outros, com a justificativa que de age por amor, pode não apenas resolver com ainda criar desentendimentos que poderiam ser evitados.
É preciso respeitar para ser respeitada, não invadindo a vida dos outros sob nenhum pretexto e colocar-se com firmeza sempre que alguém tentar invadir sua privacidade.
Claro que se alguém a procura com problemas, você pode ouvi-la. Saber escutar é uma habilidade que poucos possuem. Às vezes basta isso para que a pessoa se sinta melhor.

Caso ela lhe pergunte o que deve fazer, não caia na tentativa de dizer o que faria. Se puder apresenta alternativas de solução, faça-o. Mas a escolha deve ser somente dela. Não carregue um peso que não lhe pertence.
As pessoas cometem erros e, quando as coisas se complicam, querem que os outros resolvam. Não entre nessa. Você não tem obrigação alguma de salvar ninguém.
A verdadeira ajuda parte do coração. Se não sentir amor, diga não. O amor sempre sabe o que fazer. Preste atenção ao que vai dentro de si: você saberá quando ajudar.


por Zibia Gasparetto

domingo, 13 de outubro de 2013

TIRANDO STRES

Querida, me responda, onde está aquela mulher linda e gostosa com quem eu me casei?
A mulher responde, sem levantar os olhos do que estava fazendo:

- Querido! Você a comeu olhe bem o tamanho de sua barriga!







SÁBIO

Aquele que conhece os outros é sábio.
Aquele que conhece a si mesmo é iluminado.
Aquele que vence os outros é forte.
Aquele que vence a si mesmo é poderoso.
Aquele que conhece a alegria é rico.
Aquele que conserva o seu caminho tem vontade.
Sê humilde e permanecerás íntegro.
Curva-te e permanecerás erecto.
Esvazia-te e permanecerás repleto.
Gosta-te e permanecerás novo.
O sábio não se exibe, e por isso brilha.
O sábio não se faz notar, e por isso é notado.
O sábio não se elogia, e por isso tem mérito.
E, porque não está competindo,
ninguém no mundo pode competir com ele.



terça-feira, 8 de outubro de 2013

Casa Arrumada

 

Casa arrumada é assim:
Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.

Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.

Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...
Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo: Aqui tem vida...

Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras e os enfeites brincam de trocar de lugar.

Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha?
Tapete sem fio puxado?
Mesa sem marca de copo?
Tá na cara que é casa sem festa.

E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.

Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.
Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,
passaporte e vela de aniversário, tudo junto...

Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.
A que está sempre pronta pros amigos, filhos...Netos, pros vizinhos...
E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca ou namora a qualquer hora do dia. Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...
Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...
E reconhecer nela o seu lugar.


Carlos Drummond de Andrade (1902-1987)
DESPROGRAME-SE

Há mais ou menos seis meses decidi voltar a programar software.
Tem sido uma experiência e tanto, pois tenho aprendido muito. Não só sobre software, mas sobre lógica, estratégia e até como ter uma vida mais Zen.

Mas este post não é sobre programação, mas um convite para que você se desprograme.

Todo dia, desde o momento em que acorda você esta sendo programado. Da marca de seu sabonete ao jornal que lê. Grande parte do que faz foi programado por outras pessoas que querem que você tenha este comportamento.

Afinal, em nossa sociedade “moderna” você não é uma pessoa. É um consumidor. Só que, para consumir, precisa ser programado. Porque ninguém nasce acreditando que se não comprar o carro x, estiver com o peso ideal ou fizer parte de uma religião z vai ser menos feliz.

Nascemos desprogramados. Mas não por muito tempo. O primeiro bit de “código” que geralmente aprendemos é “não”. E isso faz sentido, pois, por não sabermos o que é certo ou errado, precisamos de um direcionamento de nossos pais.

A vida passa e adicionamos mais códigos. Aprendemos com amigos, as pessoas que amamos os professores, os chefes e até com a mídia.

Com o passar dos anos e muitas linhas de código, sem nos darmos conta somos seres programados para gostar de coisas que nem sequer sabemos por que gostamos: para eleger políticos que sabemos que vão continuar roubando e para assumir empregos que não nos dão a mínima satisfação.

Por isso, se você está procurando um caminho mais Zen, comece se desprogramando.
Porque a gente só leva desta vida a vida que a gente leva. Ou a que os outros programaram para que a gente leve.


Por Pierre Schürmann

obsessão pelo o melhor


Estamos obcecados com “o melhor”. Não sei quando foi que começou essa mania, mas hoje só queremos saber do “melhor”.

Tem que ser o melhor computador, o melhor carro, o melhor emprego, a melhor dieta, a melhor operadora de celular, o melhor tênis, o melhor vinho.

Bom não basta.

O ideal é ter o top de linha, aquele que deixa os outros pra trás e que nos distingue, nos faz sentir importantes, porque, afinal, estamos com “o melhor”.

Isso até que outro “melhor” apareça e é uma questão de dias ou de horas até isso acontecer.
Novas marcas surgem a todo instante.

Novas possibilidades também. E o que era melhor, de repente, nos parece superado, modesto, aquém do que podemos ter.

O que acontece, quando só queremos o melhor, é que passamos a viver inquietos, numa espécie de insatisfação permanente, num eterno desassossego. Não desfrutamos do que temos ou conquistamos, porque estamos de olho no que falta conquistar ou ter.

Cada comercial na TV nos convence de que merecemos ter mais do que temos. Cada artigo que lemos nos faz imaginar que os outros (ah, os outros…) estão vivendo melhor, comprando melhor, amando melhor, ganhando melhores salários.

Aí a gente não relaxa, porque tem que correr atrás, de preferência com o melhor tênis. Não que a gente deva se acomodar ou se contentar sempre com menos. Mas o menos, às vezes, é mais do que suficiente.

Se não dirijo a 140, preciso realmente de um carro com tanta potência?

Se gosto do que faço no meu trabalho, tenho que subir na empresa e assumir o cargo de chefia que vai me matar de estresse porque é o melhor cargo da empresa?

E aquela TV de não sei quantas polegadas que acabou com o espaço do meu quarto?
O restaurante onde sinto saudades da comida de casa e vou porque tem o ‘melhor chef’?

Aquele xampu que usei durante anos tem que ser aposentado porque agora existe um melhor e dez vezes mais caro?

O cabeleireiro do meu bairro tem mesmo que ser trocado pelo “melhor cabeleireiro”?
Tenho pensado no quanto essa busca permanente do melhor tem nos deixados ansiosos e nos impedido de desfrutar o ‘bom’ que já temos.

A casa que é pequena, mas nos acolhe.

O emprego que não paga tão bem, mas nos enche de alegria.

A TV que está velha, mas nunca deu defeito.

O homem que tem defeitos (como nós), mas nos faz mais felizes do que os homens ‘perfeitos’.

As férias que não vão ser na Europa, porque o dinheiro não deu, mas vai me dar à chance de estar perto de quem amo…

O rosto que já não é jovem, mas carrega as marcas das histórias que me constituem.

O corpo que já não é mais jovem, mas está vivo e sente prazer.

Será que a gente precisa mesmo de mais do que isso?
Ou será que isso já é o melhor e na busca do ‘melhor’ a gente nem percebeu?”

Sofremos demais pelo pouco que nos falta e alegramo-nos pouco pelo muito que temos. (Shakespeare) 


Por Leila Ferreira – Jornalista mineira com Mestrado em Letras e Doutora em Comunicação em Londres, e que optou por viver uma vida mais simples, em Belo Horizonte.